Se bateres a uma porta, quase de certeza que ela se abre. A tradução é livre e, mesmo tendo vasculhado a discografia toda dela, não consigo encontrar a música de onde este trecho poderá ter saído. Não tenho, por isso, provas se ouvi mesmo a Lisa Ekdahl cantar esta frase no sábado passado na Casa da Música ou se sonhei com ela embalada pela música :) Só sei que assentou perfeitamente no momento que estou a viver e foi para mim a melhor parte do concerto.
Confesso que dela só conheço bem o álbum Lisa Ekdahl sings Salvadore Poe e este concerto serviu para confirmar o que já pensava: a música é excelente, adoro as histórias que as canções contam, mas a voz que as canta não me conquista. E foi também assim na Casa da Música. Três músicos excelentes (Mathias Blomdahl, Andreas Nordell e Tomas Hallonsten), canções lindíssimas, mas uma voz de menina levada ao extremo que não me faz vibrar. Houve dois ou três momentos em que ela fugiu um pouco desse registo e eu desejei muito que cantasse sempre assim. Porque seria quase perfeita.
[ a fotografia é de Carl Bengtsson ]
Lisa é para ser ouvida quase em loop, pois nunca chega a cansar...